RUSSI: da inauguração em 1971 ao atual momento crítico do Ricoy e Vencedor

Há 54 anos aconteceu a inauguração do Supermercado Russi da avenida dr. Olavo Guimarães, na vila Arens. Os tempos eram outros. O Brasil estava mergulhado na ditadura militar. Um ano antes, levantara o caneco na Copa do Mundo do México, com Pelé, Tostão, Gérson e Jairzinho. Por aqui, o Paulista disputava a primeira divisão do Campeonato Paulista. Ficaria nela até 1974. O prefeito de Jundiaí era Walmor Barbosa Martins. O vice dele era o advogado Tarcísio Germano de Lemos, que morreu recentemente.

O supermercado Russi é um daqueles estabelecimentos comerciais que estão no imaginário do jundiaiense, no mesmo nível que a Paulicea, Dada, Papelaria Santa Terezinha e tantos outros. Quem fazia compras nele sente saudade. Não são poucos que dizem que foi o melhor mercado que a cidade já teve.

A história da rede de supermercado começa com Antônio Luiz Russi, que trabalhou na plantação de uva e aprendeu a fazer vinho. Mais tarde, ele se casou com Anna Leoni Russi. Juntos, abriram um bar, que logo depois transformou-se em uma pequena mercearia de secos e molhados. Este termo está em desuso: secos e molhados neste caso não têm nada a ver com o conjunto musical liderado por Ney Matogrosso, na década de 1970. Na verdade, refere-se às vendinhas de bairros, que vendiam um pouco de tudo e desapareceram justamente por causa da concorrência dos grandes supermercados.

Antônio e Anna tiveram três filhos: Horácio, Oswaldo e Orides. Eles também trabalharam na mercearia. Mais tarde, a empresa familiar ganhou o nome de Irmãos Russi e passou a ser administrada pelos filhos de Antônio. Eles ampliaram o negócio e fizeram da mercearia um grande armazém no bairro Agapeama, onde instalaram a primeira loja do grupo. Depois vieram as outras lojas: vila Arens, Ponte São João, Rua do Retiro. Há alguns anos, o supermercado Russi foi comprado pela Associação Ricoye deixou de existir.

Atualmente o Grupo Ricoy, que envolve a rede de supermercados atacadistas Ricoy e Vencedor entrou com um pedido de recuperação Judicial tendo fechado já algumas de suas unidades na Região Metropolitana de Jundiaí e outras como o Vencedor da Hortolândia e Ponte São João encontram-se com boa parte de suas prateleiras vazias, mostrando uma forte preocupação de fechamento, assim como o Ricoy da 14 de Dezembro.