Quatro pessoas são indiciadas por homicídio culposo após explosão que matou bebê em Jundiaí há mais de três anos
- oregionaljornalism
- 15 de mai.
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Quase quatro anos após a explosão que ocorreu em um condomínio residencial e resultou na morte de uma criança de um ano e oito meses, em Jundiaí, a Polícia Civil concluiu o inquérito e indiciou quatro pessoas por homicídio culposo — quando não há intenção de matar.
De acordo com as investigações, a explosão foi causada pelo uso de hexano, um produto químico altamente inflamável, durante um serviço de impermeabilização de sofá realizado em um dos apartamentos. Após a conclusão do serviço, a moradora do imóvel teria acionado o fogão, o que ocasionou a explosão. A filha da moradora, uma criança de um ano e oito meses, morreu no local. Além dela, a mãe e outras sete pessoas ficaram feridas e foram socorridas pelo Corpo de Bombeiros.
Foram indiciados o vendedor do produto, o profissional responsável pela aplicação do impermeabilizante e dois sócios da empresa prestadora do serviço, conforme informou o delegado Paulo Sérgio Martins.
Segundo o delegado, o Ministério Público apresentou denúncia com base nas provas reunidas durante a investigação. “Cabe agora ao juiz decidir se aceita ou não a denúncia — o que, na maioria dos casos, ocorre. Se aceita, o processo passa à fase criminal. Há também uma apuração complementar em âmbito judicial”, explicou.
Ainda de acordo com o Ministério Público, foram identificadas falhas no sistema de higienização durante o processo. Câmeras de segurança registraram o momento da explosão, e as imagens mostram diversas janelas sendo arremessadas no primeiro andar do edifício.
O acidente
O incidente aconteceu no dia 9 de novembro de 2021, em um condomínio localizado no bairro Cidade Jardim 2, em Jundiaí. Conforme informações da Defesa Civil, a explosão teve origem em um apartamento no primeiro andar e se propagou pelo prédio.
Devido aos danos estruturais, cerca de 170 famílias precisaram ser evacuadas e foram acolhidas temporariamente por parentes. Muitas delas receberam doações, uma vez que diversos apartamentos ficaram completamente destruídos.
















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