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Jundiaí realiza primeiro procedimento de congelamento do câncer de mama em estudo clínico pioneiro


Foi realizado no Ambulatório de Saúde da Mulher de Jundiaí, no Hospital Universitário (HU), o primeiro procedimento de congelamento do câncer de mama do município, marcando o início de um estudo clínico pioneiro conduzido em parceria entre a Faculdade de Medicina de Jundiaí (FMJ), o hCOR e a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).


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A iniciativa integra um protocolo multicêntrico que busca avaliar a segurança e a eficácia do congelamento em pacientes com câncer de mama inicial. A técnica, testada anteriormente pela Unifesp como a primeira pesquisa do tipo na América Latina, foi aplicada em pacientes oncológicas da rede de Jundiaí, colocando o município em um grupo seleto de centros de pesquisa dedicados a estudar terapias inovadoras para o câncer de mama e reforçando o papel da cidade como polo de ciência, ensino e assistência de excelência.


“Esse procedimento representa uma das principais fronteiras de inovação no tratamento do câncer de mama. Ao oferecer uma alternativa menos invasiva e com excelente controle local, essa técnica pode, no futuro, permitir que muitas mulheres tratem o câncer sem a necessidade de cirurgia convencional”, explica a pesquisadora responsável, Alícia Marina Cardoso, médica mastologista do Ambulatório de Saúde da Mulher e professora colaboradora da FMJ.


Para a realização do procedimento, foram selecionadas pacientes elegíveis conforme critérios clínicos e radiológicos avaliados individualmente pela equipe multidisciplinar. O protocolo é que sejam mulheres com diagnóstico inicial e indicação primária de cirurgia. Edilaine Viana, 39 anos, foi uma delas. “Eu tive um nódulo detectado na mama e, por meio de ultrassom, foi diagnosticado que é câncer. A Dra. Alícia, que me acompanha, comentou sobre o congelamento como alternativa para pacientes iniciais, eu me voluntariei e estou muito feliz de estar aqui”, disse.


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A técnica, chamada formalmente de crioablação, consiste na utilização de nitrogênio líquido para gerar temperaturas extremamente baixas e congelar e destruir as células cancerígenas. É rápida, indolor, e feita com uma anestesia local, sem necessidade de internação hospitalar. No Brasil, tem aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), mas ainda não é coberta pelos planos de saúde ou oferecido no Sistema Único de Saúde (SUS), devido ao seu alto custo.


Para a mastologista, porém, a experiência bem-sucedida em Jundiaí demonstra que há horizontes possíveis na ciência para quem enfrenta o câncer. “Significa oferecer às nossas pacientes acesso a tecnologias que representam o futuro do tratamento oncológico”, completa.

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